A base do nosso trabalho, sem dúvida, é a lã merino espanhola transumante, destacando este elemento pela sua importância no ecossistema. Rebanhos que transumância fortalecem a biodiversidade, mantêm as ravinas reais, limpam e transportam sementes de norte a sul da Península Ibérica e previnem os incêndios, que, como vemos, são uma praga contínua durante os verões, não só em Espanha mas também no resto do mundo.

O cuidado e o preço justo serão as únicas formas de manter essa tradição, podendo assim ver novas gerações dispostas a realizar esse importante trabalho que hoje está desaparecendo em grande parte devido às fracas vendas e preços baixos que não conseguem sustentar os próprios agricultores. Temos o firme propósito e acreditamos que esta é a primeira medida para agradecer seu esforço infinito.

Estamos em um momento de geração de alianças com outros agentes econômicos envolvidos no processo de fabricação nas diferentes etapas do processo de produção de matérias-primas, artesãos especializados em outros ofícios que poderiam complementar e nos ajudar a tornar o resultado final primoroso.

Acreditamos que, neste momento complicado, onde Espanha tem um grande potencial esquecido, e a lã merino espanhola se conjuga como a melhor do mundo, juntamente com grandes artesãos, é necessário encontrar uma forma de valorizar e valorizar este magnífico produto.

Por fim, falar sobre o processo de fabricação, tocando em todos os pontos, é apenas um mero detalhe de cada um deles, mas acho importante conhecer as etapas.

A lã merino chega à oficina lavada e selecionada (anteriormente fomos selecionar as melhores lãs, pois o trabalho final depende em grande parte desta etapa), o Diabo é o primeiro processo na oficina onde a lã é transformada em velijas, abridores , série de rolos com pontas duras e grossas são progressivas para que a lã se abra e facilite a passagem para a cartolina, na cartolina a lã já tem a consistência de um véu fino e permite ao artesão medir a espessura para depois fazer os diferentes tipos de fio, dependendo da trama e da urdidura necessária para tecer e fazer uma manta. A cardagem contínua nos dará um material mais fino e mais grosso do qual já sai um primeiro fio…. Continuamos com a torcedora, que é responsável por trançar a lã para dar força ao fio e criar a base que irá para o tear.

Assim que tivermos os diferentes fios e espessuras, passaremos à tecelagem, processo este que varia de acordo com os diferentes tipos de teares e tecidos, onde a experiência e o trabalho levam à confecção.

Terminada a peça, ela será lavada e recheada para que o tecido tenha uma textura diferente dependendo do trabalho, seca ao ar para manter todas as propriedades da lã (lanolina), e para finalizar será acabada onde cada franja é feita à mão, corte e controle de qualidade.

Tecemos em teares   que datam de 1920 seguindo a tradição, mas proporcionando nosso estilo pessoal, um tecido mais macio e leve que proporciona o mesmo calor sem peso, é um processo em constante mudança, em busca de novas desenhos que proporcionam cor e elegância, sem descurar as cores naturais das ovelhas que tanto gostamos.

 Cada manta tem um design único, e seu acabamento é feito manualmente.

Na nossa oficina podemos personalizar a manta com diversos motivos bordados, tanto imagem corporativa como iniciais ou nomes de empresas.

Temos estoque limitado, fabricamos com os ritmos do artesanato, quando um cliente solicitar um pedido especial, daremos os horários, se naquele momento não for possível atender tudo o que eles precisam com datas fechadas.